quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Contos da minha Terra

Botija

Certa noite um homem teve um sonho, nesse sonho uma pessoa lhe diz que embaixo de um pé de embuzeiro tem uma botija com ouro e que ele precisa que a butija seja desenterrada, mas para isso acontecer, ele precisa ir a  noite, sozinho , ficar calado, pois se o mesmo disser algo não conseguirá achar a botija; o homem desperta do pesadelo muito confuso e com medo, mas depois acaba esquecendo o ocorrido.
Na noite seguinte o sonho se repete com mais intensidade, e a pessoa lhe pede novamente que desenterre a botija explicando todo o processo e mostrando o que aconteceria quando ele tivesse começando a desenterrá-la:
-Primeiro você vai cavar e achar pedras; quando você achá-las algo vai tentar te impedir, mas não fale nada e siga cavando, depois das pedras você vai achar areia, e algo vai acontecer mas não grite, continue cavando que você vai achar terra fofa e nela estará enterrada a botija, arranque- a siga para casa e durma.
O homem acorda com muito medo, um pé de vento muito forte uiva na janela e um frio muito estranho faz o homem estremecer. No outro dia encontra um compadre e lhe contando o ocorrido o compadre se assusta:
- Bom compadre eu não queria estar na sua pele não, acho que isso é alma e se você não for arracar a botija acho que ela não vai te deixar em paz não!
O homem então resolve ir arrancar a danada da botija. Espera a noite cair e sai para onde o sonho lhe indicara, chegando lá começou a cavar no lugar indicado, primeiro ele avista as pedras e mais que de repente um vento sobrenatural começa a uivar com muita raiva e o homem sente algo pesar em suas mãos, mas lembrando do sonho não disse nada e continuou cavando até achar a areia, foi quando uma voz disse pra ele ir embora e quando ele persistiu cavando barulhos começaram a surgir na mata, parecia algum bicho feroz rondando a presa e pronto para atacar mas se lembrando do sonho prosseguiu cavando até encontrar a terra fofa:- O pior já passou!, pensou ele; e se abaixou para cavar a terra com as mãos e achar a botija mais depressa, foi quando o chão começou a ceder e a mesma voz disse:
-Eu não falei pra você parar de cavar! Agora caia nesse buraco!
Nesse instante o chão se partiu e o homem começou a cair.
-Valei meu pai! Gritou finalmente o homem, nesse momento tudo ficou escuro e quando o homem deu por si estava de novo debaixo do pé de embuzeiro e nem sinal do buraco cavado depois disso começou a cavar novamente, mas não encontrou nada; ficou com medo e foi embora se benzendo!
(Revisado por Francisca Paula)

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